Internacionalização sofreu grande impacto com a Pandemia, diz Coordenador Geral do MEC

Postado por: Mario Marcio da Rocha Cabreira

Adi Balbinot Júnior, Coordenador Geral de Assuntos Internacionais do Ministério da Educação (MEC), participou, recentemente, da Conferência de Internacionalização UFMS 2021, e afirmou que a internacionalização, talvez, tenha sido o processo que tenha sofrido o maior impacto, em função do fechamento das fronteiras, da suspensão das aulas. “Temos vivido um momento bastante impactante, pelo problema da Pandemia”, ressaltou.

Balbinot é servidor de carreira da CAPES e, nos últimos 7 anos, atuou na Diretoria de Relações Internacionais. “Para mim, foi, talvez, um dos momentos mais gratificantes como servidor público, numa agência de fomento, como a Capes, onde pudemos, de fato, ter dimensão da política e da importância do processo de internacionalização da Educação Superior brasileira e da forma como o trabalho que vem sendo desenvolvido nas nossas universidades tem destaque, não apenas nacional, mas, também, internacional”, lembrou.

O coordenador ressaltou a evolução histórica que ocorreu nos últimos anos no processo de internacionalização na Educação Superior brasileira, sobretudo nos últimos 20 ou 30 anos, com grandes avanços, muito por conta do amadurecimento do processo da Pós-Graduação brasileira, o qual trouxe, também, a necessidade do avanço da pesquisa científica. Com isso, conseguiu-se, de fato, dar uma visibilidade internacional às ações de desenvolvimento educacional e científico e de inovação que o Brasil tem apresentado nos últimos anos.

No Ministério da Educação, existe a Secretaria de Educação Superior, à qual está vinculada a Coordenação Geral de Assuntos Internacionais de Educação Superior. A secretaria está mais focada nos cursos de graduação. Já a CAPES/MEC tem a sua Diretoria de Internacionalização, que atua mais diretamente na Pós-Graduação “Temos buscado atuar de forma colaborativa e complementar nossas ações, com destaque para a retomada de articulação com as instituições de ensino superior, disponibilizando aspectos não apenas formais e legais, para dar sustentação jurídica ao processo de internacionalização, mas, também, passar o ponto de vista da administração central, que cabe ao ministério da educação, orientando e gerando possibilidades dentro desse processo, por meio de parcerias nacionais e internacionais, com a construção de programas e ações que venham a facilitar e dinamizar o processo de internacionalização”, explicou.

Segundo o coordenador, a internacionalização é um processo que demanda tempo. É necessário, o tempo todo, estar em contato com as diversas áreas e unidades da instituição. É um processo transversal. Deve-se envolver os corpos docente e discente, além do pessoal técnico administrativo; buscar a inovação na internacionalização “Precisamos desenvolver um ecossistema de internacionalização, que envolve questões de ordem jurídica, orçamentária, programática, tudo devidamente organizado, para que funcione e flua da melhor forma possível”, adverte.

Para Balbinot, nunca é demais destacar o quanto o processo de internacionalização faz com que uma instituição ganhe maturidade, desenvolvimento, musculatura, para poder alçar voos mais altos e alcançar novas parcerias. Ele enfatiza que a internacionalização é um processo estratégico para o desenvolvimento do Ensino, Pesquisa e Extensão, no âmbito das universidades brasileiras “Agora, no pós-Pandemia, todos precisamos nos reinventar, buscar formas alternativas, para que não tenhamos tantas perdas nesse processo de colaboração internacional. É importante fortalecer a retomada das negociações, com parceiros tanto nacionais quanto internacionais”, finalizou.

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