UFMS e Universidade de Florença cooperam no campo da Botânica

Postado por: Mario Marcio da Rocha Cabreira

Termo assinado no último dia 10, pelo Reitor Marcelo Santos Turine e por Alessandra Petrucci, representante legal da Universidade dos Estudos de Florença, marcou a entrada em vigor do Acordo de Cooperação entre a UFMS e a Universidade dos Estudos de Florença. Com vigência até 10 de novembro de 2026, este Acordo de Cooperação tem por objetivo pôr em prática uma política de colaboração recíproca, inicialmente, no campo da Botânica.

Sobre este assunto, conversamos com o Professor Gustavo Hassemer, pesquisador da UFMS, o qual tem participação efetiva nas ações a serem desenvolvidas.

Ele é Bacharel em Ciências Biológicas e Mestre em Biologia Vegetal pela Universidade Federal de Santa Catarina (Florianópolis, Brasil), e Doutor em Biodiversidade pela Universidade de Copenhaga (Københavns Universitet), Dinamarca.

Atualmente, é Professor de Botânica na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, no Campus de Três Lagoas. Atua na área da Botânica, com ênfase em Taxonomia, Nomenclatura, Filogenia Molecular, Florística, Biogeografia e Conservação, particularmente de plantas herbáceas. Tem experiência na interpretação e aplicação do International Code of Nomenclature for Algae, Fungi and Plants (ICN) e dos critérios da International Union for Conservation of Nature (IUCN).

 

Qual foi sua participação para que se chegasse à assinatura deste Termo?

Gustavo Hassemer: O convite para essa colaboração institucional partiu do Prof. Riccardo Baldini, do Departamento de Biologia da Universidade de Florença, em fevereiro de 2020. Eu e o Prof. Baldini já havíamos trabalhado em colaboração em projetos de pesquisa, como pode ser constatado, verificando-se os nossos currículos. A minha participação nesse Acordo de Cooperação foi encaminhar o convite do Prof. Baldini à AGINOVA, redigir um plano de trabalho detalhado, preparar e tramitar os demais documentos requeridos para a concretização do acordo, e solicitar as diversas permissões e assinaturas que se fizeram necessárias. Não posso dizer que foi um processo simples, como atesta o tempo de tramitação da proposta. Contudo, estou muito satisfeito que a proposta foi aceita por ambas as instituições, e, assim, foi finalmente concretizado esse acordo de colaboração institucional, o qual acredito que será benéfico para ambas as instituições, e resultará em avanço científico.

Quais benefícios, especificamente, essa parceria pode trazer para ambos, UFMS e Florença?

Gustavo Hassemer: Essa proposta proporcionará uma série de facilidades para a execução de intercâmbios e projetos de pesquisa em parceria com a Universidade de Florença. Dentre muitos outros benefícios, eu apontaria especificamente:

– A facilitação da obtenção de vistos para intercâmbios nos dois sentidos, seja de alunos ou servidores;

– A isenção de taxas universitárias para a realização de estudos e outras atividades na Universidade de Florença;

– O apoio logístico oferecido por ambas as instituições, incluindo apoio com acomodação e transporte em terra;

– A facilitação da execução de projetos de pesquisa nos laboratórios de ambas as instituições;

– A facilitação da execução de expedições a campo, coleta de material e envio de amostras entre as duas instituições, o que é de enorme importância para projetos de pesquisa na área da Biologia.

Quais os próximos passos a partir de agora?

 

Gustavo Hassemer: Eu diria que os próximos passos, agora, são os seguintes:

– A divulgação, ao máximo, dessa colaboração institucional, para servidores e alunos do Câmpus de Três Lagoas da UFMS, para que esses estejam cientes dessas oportunidades;

– A submissão de projetos de pesquisa a agências de fomento brasileiras e europeias, visando obter financiamento para a execução de atividades de pesquisa;

– O planejamento de intercâmbio de pesquisadores entre ambas as instituições, visando o estudo da riquíssima coleção de espécimes herborizados conservados na Universidade de Florença, incluindo coleções do período colonial italiano, até agora pouco estudadas, e a organização de expedições a campo, para o estudo da flora das áreas inundadas ao redor do Rio Paraná, no leste do Mato Grosso do Sul e em áreas limítrofes. Ambas as atividades têm grande potencial para a descoberta de espécies novas para a Ciência e para a publicação de artigos científicos em periódicos internacionais de alto impacto.

Para mais informações, contatar:
Gustavo Hassemer: g.hassemer@ufms.br, https://orcid.org/0000-0003-4365-6934,  http://lattes.cnpq.br/5142281267075509
ou
Secretaria de Relações Internacionais – Serin: e-mail: serin.aginova@ufms.br Telefone: +55 67 3345-3945 www.aginova.ufms.br

Professor Gustavo Hassemer

Imagem: ResearchGate

 

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